Conheça 6 violonistas brasileiros para ter como referência.

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Todo músico é moldado por suas referências, e não importa em que nível musical estamos. E quando o assunto é violão brasileiro, referência é o que não falta. Paulio Celé, professor de violão aqui do Planeta Música, contou pra gente os principais violonistas brasileiros que mais influenciaram sua carreira musical. E é bom se preparar porque só tem nome de peso nessa lista!

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Toninho Horta

É quase impossível falar de violonistas brasileiros e não lembrar de Toninho Horta. Nascido em Belo Horizonte, em 1948, o músico Antônio Maurício Horta de Melo é um dos violonistas, guitarristas, compositores, arranjadores e cantores mais respeitados no Brasil e no mundo, e participou ativamente de diversas transformações no cenário musical brasileiro.

Suas influências musicais vieram de sua família, repleta de músicos. Aprendeu seus primeiros acordes de violão ainda no colo da mãe, Geralda Horta, e aprendeu a apreciar música clássica com o pai, o maestro João Horta. Mas foi com o irmão mais velho, Paulo Horta, baixista profissional desde os 17 anos, que Toninho mais se inspirou musicalmente.

Toninho Horta ganhou destaque como compositor após o 2º Festival Internacional da Canção de 1967, quando se aproximou da geração mais jovem de músicos como Milton Nascimento, Wagner Tiso, Lô, entre outros. Passou a integrar parcerias com os letristas Fernando Brant e Ronaldo Bastos, e suas canções fizeram parte do repertório de Alaíde Costa, Nana Caymmi, Leny Andrade, MPB4 e Joyce.

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Enquanto sua carreira como compositor deslanchava, Toninho Horta também ganhava destaque como instrumentista, gravando com Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Gal Costa, Maria Bethânia, Elis Regina, Tom Jobim, além de trabalhar como arranjador do disco Clube da Esquina (1972) e Milagre dos Peixes – Ao Vivo (1974), ambos de Milton Nascimento.

Já rodou o mundo com seu violão gravando em diversos países e ao lado de grandes nomes da música internacional. Entram nessa lista Pat Metheny, George Duke, Gary Peacock, Billy Higgins, Joe Pass, Nicola Stilo, Akiko Yano, entre muitos outros.

Com mais de 35 anos de carreira, Toninho é considerado por muitos como mestre da harmonia, conhecido por traduzir a sonoridade orquestral para violão por meio arpejos, linhas de baixo, seção rítmicas com a mão direita, além de acordes com cordas soltas e combinação simples que criam ricas harmonias.

Como diz Paulio Celé, “não tem como passar pelo violão popular brasileiro sem ouvir esse cara: Toninho Horta”.

Lula Galvão

Em uma lista com violonistas brasileiros, Luis Guilherme Farias Galvão, mais conhecido como Lula Galvão, tem seu lugar garantido. O violonista e guitarrista brasiliense de 58 anos é conhecido por sua originalidade inventiva, marcada por improvisos e harmonias que revelam sua forte influência no jazz.

Lula Galvão iniciou os estudos no violão ainda com nove anos e alguns de seus professores logo perceberam o talento do pequeno músico, que dedicaria o resto de sua vida para estudar o instrumento de seis cordas. Suas referências no inícios foram ecléticas, do choro à bossa nova, do rock ao jazz, e principalmente a convivência com seus irmãos Zequinha (baterista) e Carlos Galvão (maestro, compositor e contabaixista).

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A somatória dessas referências resultou em uma maneira única de improvisar e harmonizar acordes que elevaram Lula Galvão ao hall dos violonistas brasileiros. Além de sua agenda de shows e gravações, o músico já participou de importantes trabalhos de artistas como Fátima Guedes, Joyce Moreno, Gal Costa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Zé Renato, entre outros.

“O jeito que ele pensa a harmonia sem o baixo acompanhando, a maneira de pensar a harmonia das orquestras no violão, de misturar o suingue brasileiro com muita harmonia e improviso de solos incríveis”, conta Paulio Celé.

Filó Machado

Outro violonista brasileiro lembrado por Paulio é o multi-instrumentista e compositor Filó Machado, com quem teve a honra de fazer shows e gravar em estúdios. Filó é neto e filho de músicos, nascido e criado em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Sua carreira musical teve início ainda aos 10 anos, quando começou a tocar em alguns bailes na cidade, no início dos anos 1960.

Quatro anos mais tarde, Filó Machado deixa Ribeirão Preto para tocar ao lado do Grupo Black Falcons, com quem grava seu primeiro disco. Fez diversos shows por todo o Brasil após estudar música no Colégio Dom Bosco de Monte Aprazível, onde atuou também como professor, diretor e regente da Orquestra de Violão do colégio.

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Já radicado em São Paulo, Filó ganhou projeção nacional ao tocar em casas noturnas ao lado de Benedito de Paula, Alcione, Geraldo Cunha, Originais do Samba, Adoniran Barbosa, entre muitos outros. Sua discografia é extensa, marcada por nove trabalhos autorais que exaltam a musicalidade de Filó e sua essência de compor e harmonizar ritmos da música popular brasileira.

Rosinha de Valença

Pra quem achou que essa lista de violonistas brasileiros só teria homens, se enganou. Uma das referências de Paulio Celé é nada mais nada menos que Maria Rosa Canellas (1941-2004), conhecida por Rosinha de Valença, apelido dado pelo escritor Sergio Porto.

Nascida e criada no Rio de Janeiro, Rosinha foi violonista, compositora, arranjadora, produtora e cantora que começou no violão ainda na infância, incentivada pelo irmão Roberto Canellas. Foi na noite carioca que o talento de Rosinha de Valença ganhou notoriedade no meio musical brasileiro. Nos bailes e casas noturnas do Rio de Janeiro, ela conheceu Baden Powell e o produtor Aloysio de Oliveira, com quem grava seu primeiro disco, “Aprensentando Rosinha de Valença” (1964).

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No ano seguinte, a violonista foi contratada para o programa Fino da Bossa, apresentado por Jair Rodrigues e Elis Regina. Rosinha passa a integrar o grupo do pianista Sergio Mendes, e fazem turnês pelo Estados Unidos e 24 países europeus como solista, na época em que a bossa nova brasileira ganhava projeção mundial.

De volta ao Brasil, Rosinha de Valença passa a trabalhar com Martinho da Vila, uma parceria de oito anos que resultou em 4 discos gravados. Ela também atua como produtora e diretora musical de artistas como Marília Medalha, Ney Matogrosso, Maria Bethânia e Leci Brandão. Além disso, Rosinha participou de bandas importantes acompanhado João Donato, Dona Ivone Lara, Sivuca, Miúcha, e gravando nove discos solos. Suas canções ficaram famosas nas vozes de Chico Buarque, Caetano Veloso, Zezé Motta, entre outros.

A musicalidade de Rosinha de Valença é marcada por ritmos virtuosos que mesclam solos melódicos com improvisos e preponderantes. Não é à toa que para Paulio, “Rosinha é uma das maiores violonistas da música brasileira”.

Heraldo do Monte

A próxima referência de violonistas brasileiros citados por Paulio vem lá do Nordeste, mais precisamente Recife, Pernambuco. Heraldo do Monte nasceu em 1935 e é conhecido por ser um dos pilares transformadores da música instrumental brasileira.

Sua experiência com a música começou ainda no ginásio, quando aprendeu a tocar clarinete com o maestro Mário Câncio, e aprendeu de maneira autodidata instrumentos de corda como violão, cavaquinho, viola e bandolim. Pouco mais tarde, começa a integrar rodas de choro do seu bairro em Recife, e passa a fazer parte do Regional da Rádio do Jornal do Comércio de Recife, onde conhece o jovem músico Hermeto Pascoal.

Heraldo mudou para São Paulo na década de 1950 e torna-se instrumentista da TV Tupi, onde participa de diversos programas além de tocar ao lado de outros músicos na noite paulistana. É nessa época que o músico nordestino lança três discos solo e organiza o quinteto Os Cinco-Pados, composto por Hector Costita, Buda, Arrudinha e Gabriel Bhalis.

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O grupo se manteve até meados dos anos 1970, e Heraldo do Monte parte novamente para a carreira solo e consolida sua musicalidade e maneira única de tocar. Heraldo é respeitado por ter participado de estilos genuinamente urbanos como choro e o samba, além de trazer novas leituras e percepções que moldaram os estilos da música brasileira.

“Acho que ele criou uma identidade mesmo, do que é a guitarra e o violão brasileiro, até onde essas linguagens podem ir”.

Fábio Leal

E como todo aprendiz jamais esquece seu mestre, Paulio Celé não poderia deixar de citar o guitarrista Fabio Leal como forte influência de sua musicalidade. Nascido em São Bernardo do Campo, o músico estudou na Universidade Livre de Música e no Conservatório de Tatuí, e formou nos anos 2000 o grupo Mente Clara, conhecido por suas composições ricas em ritmos e harmonias.

Ao lado do grupo, Fábio gravou dois discos, “Grupo Mente Clara” e “São Benedito”, indicados por Paulio. Em 2009, Fábio Leal grava seu primeiro disco solo ao lado dos músicos Paulo Almeida, Fi Maróstica e André Grella.

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Além da carreira solo e em grupos, Fábio Leal já tocou ao lado de grandes nomes como Toninho Horta, Thiago Espírito Santo, Fernando Corrêa, Nenê, Vinícius Dorin, Hermeto Pascoal, entre outros.

Eai, curtiu essa lista de violonistas brasileiros? Então conta pra gente suas referências musicais nos comentários! Independente do estilo musical, repertório é um dos fatores determinantes em nossa evolução como músico, e nos traz novas maneiras de tocar e enxergar a música.

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7 respostas

  1. Velho , deu uma aula só mostrando essa galera, e não podia começar melhor, eu como violonista popular acho que o Toninho Horta , é nossa ligação com os vários mundos do violão, muito grato !!!

  2. É difícil falar ou tentar restringir a algumas referências pq tem muita gente boa e teve no passado aqui no Brasil, violonista fera. Baden Powell, Dilermando Reis, Professor Doutor Jodacil Damasceno (esse foi monstro, monstro mesmo. UFRJ e UFU-MG) Fanuel Maciel, Rafael Rabelo, um que foi mais para o lado Pop e não demonstrou muito a habilidade dele é o Luiz Caldas, outro violonista muito bom, João Bosco………….são muitos.

  3. Acho que deveriam começar por Robson Miguel, Yamandu Costa, Fabio Lima, Marcos Kaiser. Nada contra os violinistas populares mas eles não possuem as técnicas e o conhecimento desses aí citados.

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