Conheça a História das Guitarras Gibson

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Há décadas a Gibson tem sido uma das maiores fabricantes de instrumentos musicais do mundo, produzindo instrumentos que mudaram a história da música. Apesar da concorrência, as guitarras Gibson sempre se mantiveram firmes e fortes entre as mais desejadas, por sua qualidade e inovações. Conheça um pouco da trajetória da marca, e entenda porque ela foi e é preferência de ícones como Jimmy Page, Slash e Keith Richards.

O início

O excêntrico luthier Orville Gibson (1856-1918) restaurava instrumentos de corda como bandolins e violões, atribuindo-lhes maior qualidade sonora e durabilidade. Se isso não te impressiona, digamos que tal engenhosidade é concebida no final do século XIX, quando o mundo mal compreendia invenções como automóveis, telefones, pilhas e toca-discos. Nem mesmo Darwin estava nos livros de história, enquanto um ousado sapateiro de Kalamazoo, Michigan, já trabalhava sozinho em revolucionários upgrades para seus instrumentos.

Orville Gibson
          Orville Gibson                   Gibson Style A (1906)                  Gibson Style F-3 (1906)

 

Orville Gibson foi quem projetou os tampos e fundos arqueados (tipo violino), inovou nas formas dos entalhes, o cavalete passou a ser móvel e até madeiras que valorizavam o som ele descobriu. Ou seja, ele não só potencializara o som, e inovara no design, como também criara instrumentos para durar uma vida toda!

Em 1902, nasceu a Gibson Mandolin-Guitar Corporation, que durante duas décadas produziu instrumentos projetados originalmente por Orville Gibson. Após a morte e Orville, Lloyd Loar passou a ocupar o privilegiado cargo de designer de instrumentos e engenheiro acústico da empresa. Foi ele quem transformou as tradicionais bocas redondas em refinadas aberturas em forma de “f”.

                                                                                                                   

 Anos 20 – O negócio era instrumentos de corda

Guitarra GIBSON L-5
´                                          Guitarra GIBSON L-5

Tudo o que era banjo, violão, mandolin, bandolim, bandola, bandoloncelo, guitarras e até mandobass ganhou nova cara com a qualidade Gibson. Na década de 20, com ajustes e um aumento da caixa de ressonância, a Gibson já era a queridinha quando o assunto era guitarras acústicas, com modelos clássicos bastante populares entre jazzistas como a garbosa GIBSON L-5.

                                                                                                                 

 Anos 30 – Aumenta o som!

É em meio à década de 30, junto da Grande Depressão, do movimento surrealista e do início da Segunda Guerra, que vem a necessidade de se fazer barulho em alto e bom som, e com ele o conceito de guitarra elétrica.  Nasce o primeiro sucesso mundial em termos de guitarras elétricas, a série Electric Spanish. Na mesma época é lançada a maior guitarra já produzida pela Gibson, a Super 400.

                               

A era Ted McCarty.

Quando Ted McCarty assume a presidência da companhia de guitarras Gibson, expande e diversifica sua linha de instrumentos. Inventor e pioneiro no desenho e produção de guitarras elétricas, McCarty, teve como primeiro sucesso nada mais e nada menos que a guitarra Gibson Les Paul em colaboração com o guitarrista e especialistas em instrumentos musicais elétricos, Lester Willian Polsfuss, mas conhecido como “Les Paul”. Em 1952 foi lançada sua primeira criação, a Les Paul Goldtop. Rapidamente a Les Paul ganhou notoriedade, e no início dos anos 50 já era oferecida no mercado em vários modelos, incluindo a Custom, a Standard, a Special e a Junior. Dentre as inovações oferecidas nessa guitarra, estava a ponte Tune-o-matic e os captadores estilo Humbucker.

Mais tarde, a pedidos de uma guitarra mais versátil, a Gibson lançou a série Thinline, com guitarras de espessura mais fina, seu primeiríssimo modelo foi a Byrdland (1955). A fim de popularizar a marca, foram lançadas alternativas mais baratas como as ES-350T e as ES-225T. Em 1958, a Gibson lançou a família ES-335, que, assim como a Thinline, possuía um centro sólido, dando as cordas um sustain maior. Um ano mais tarde surgiu o primeiro conceito da Melody Maker que veio sofrendo inúmeras variações de shape até os anos atuais. Foi também nesse período que a Gibson comprou uma de suas maiores rivais do mercado, a Epiphone, optando por manter o nome da marca.

As Diferentes

A fim de revolucionar em termos de design, McCarty criou mais dois modelos excêntricos: Explorer e Flying V, que só passaram a ser sucesso nos anos 60 e 70, junto de outro lançamento incomum da marca, a Firebird. Nesse período, devido à demanda de um corpo de duplo cutaway, a Les Paul ganhou uma repaginada e voltou para os catálogos como modelo SG (Solid Guitar). Tanto a Les Paul quanto a SG, se tornaram queridinhas do rock’n’roll e do blues devido a influência de guitarristas da época como Keith Richards, Tony Iommi, Jeff  Beck e Angus Young . Ainda na onda de ousar no design dos modelos, em 63 a Gibson lançou a tal “guitarra mais legal do rock”, que não possuia apenas um, mas dois braços, a EDS-1275.

Anos 70 e 80 – Corte de custos

Após ser comprada pela Norlin Corporation, no final da década de 60, a qualidade dos instrumentos declinou feio. Em 1974 a produção das guitarras Gibson mudou de Kalamazoo para Nashville, Tennessee, chamando-se GIBSON USA. Mas a crise econômica veio com força e não haviam trabalhadores especializados na unidade, havendo uma baixa na produção. O que teria sido o fim de uma das maiores marcas de instrumentos do mundo se não fosse pelos empresários Henry Juszkiewicz e David Berryman, que compraram a companhia nos anos 80, década de lançamento das primeiras Les Paul Studio, basicamente uma versão mais barata, leve e modesta da popular Les Paul Standard.

O modelo Les Paul Studio foi projetado justamente para músicos de estúdio e guitarristas iniciantes. Apesar disso, muitos guitarristas profissionais a utilizam no palco pela sua leveza. Diversas séries foram lançadas a partir da Les Paul Studio como a Mahogany, a Gothic, a Voodoo, a Swamp Ash e até a uma linha de guitarra ecologicamente correta, sustentável, de madeira reflorestada, a SmartWood. Algumas dessas variações se aplicaram também a outros modelos Les Paul. Há quem diga que o design dos lançamentos dos anos 80 marcaram o fim das características clássicas das guitarras Les Paul.

Gibson para DJs  

E não parou por aí, nos últimos anos a Gibson se uniu ao Grupo Stanton, incluindo Cerwin Vega!, KRK Systems, Stanton DJ e Onkyo formando sua nova divisão Gibson Pro Audio, que entrega itens de áudio com qualidade profissional, fones de ouvido, alto-falantes e equipamentos de DJ. (http://www.gibson.com/Products/Pro-Audio.aspx).

Curiosidades

  • Mandobass foi um instrumento criado pela Gibson no início do séc. XX, um cruzamento gigantesco de um baixo com um mandolin de 4 cordas grossas para uso em orquestras.
  • Acontece que até mesmo os gênios tem uma pitada de loucura, e Orville Gibson teve longas passagens pelo hospital psiquiátrico, onde faleceu em 1918.
  • Anteriormente a SG foi lançada como uma extensão da Les Paul, nos catálogos era Les Paul SG. Acontece que tais guitarras nunca passaram pela aprovação ou pelas mãos do próprio Les Paul, que reprovou o modelo, e a guitarra teve de ser relançada apenas como SG.
  • Outra que não leva mais o antigo nome é a Super 400, originalmente L-5 Super. Tinha esse nome porque custava 400$, nessa época todas as guitarras da companhia ganhavam o nome do seu preço como as 350T, 325, 355, etc.
  • A Gibson declarou que nenhuma outra guitarra da marca poderia ter a mesma cor azul da Robot Guitar.
  • Conheça o processo de produção de uma guitarra Gibson no vídeo abaixo:

[embedyt] http://www.youtube.com/watch?v=yvVKhDaHIzE[/embedyt]

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